Muitas pessoas possuem bloqueio de aprendizagem em relação à língua inglesa.

 

Frequentemente se ouvem desabafos em ‘não gosto de inglês’, ‘não aprendo inglês de jeito nenhum’, ‘só faço curso de inglês porque preciso fazer’, ‘inglês não entra na minha cabeça’, ‘inglês não é para mim’, ou até mesmo ‘mandaram eu fazer curso de inglês’.

 

Por um lado, a sinceridade do aluno ao dizer estas palavras facilita que o professor desenhe um curso voltado às necessidades e aos objetivos de quem tem tais travas psicológicas. Vou chamar assim a postura de quem já falou as frases que citei acima.

 

É imprescindível que cada aluno tenha clareza de seu objetivo ao aprender inglês para que possa seguir um plano de estudo coerente e lógico. Professores presenciais devem também ter disposição e ferramentas pedagógicas para lidar com cada perfil de aluno.

 

Por outro lado, entendo por que o âmbito profissional do ‘coaching’ tem-se expandido também ao mercado de idiomas. Através dos exemplos que mencionei (como a declaração de que ‘não gosto de inglês’) e da insegurança de obter conhecimento, aprendizes de inglês têm primeiramente o desafio de desbloquear suas travas psicológicas.

 

O primeiro obstáculo ao aprendizado de inglês é, portanto, pessoal e subjetivo. De nada serviria apresentar o melhor método de ensino a um aluno se ele mesmo estiver fechado à aprendizagem, crer que detesta inglês, e frequentar uma sala de aula por obrigação.

 

Materiais didáticos tradicionais são importantes e nalguns casos imprescindíveis para o acompanhamento progressivo e sistemático da aprendizagem do inglês. No entanto, recomendo sempre que a língua inglesa continue no (ou faça parte do) dia-a-dia através de música, filmes, rádios, gibis, jogos, bate-papos, séries de TV, ‘podcasts’, etc.

 

A pedagogia é mais eficiente quando se torna ativa e se estimula pela vontade de conhecer, entender e progredir. Aprender inglês pode e deve ser uma atividade prazerosa. Mude a forma de aprender inglês se ela não estiver agradando. Da mesma maneira, evite o uso de palavras como ‘estudar’ e ‘trabalhar’ para desbloquear a aprendizagem.

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