Estudar ou aprender inglês

O incentivo a ‘estudar’ inglês causa alguma resistência ou, em casos extremos, constrangimento em alunos. A reação decorre mais do peso que a palavra ‘estudar’ possui no Brasil que do hábito prazeroso que esta ação pode ocasionar.

Brasileiros crescem ouvindo que é preciso ‘estudar’ para ser alguém na vida, ou que sem ‘estudo’ não se consegue um bom emprego. Há pressão social para que indivíduos renunciem a seu ambiente de conforto a fim de ‘estudar’ com algum propósito.

É obrigatório completar o ciclo básico de ‘estudos’ escolares e ‘estudar’ matérias com as quais não se tem afinidade. Há os que adoram Química, mas detestam Português, e vice-versa. Mais tarde, temos a especialização dos cursos profissionalizantes e superiores. Estes são mais alguns anos da vida que se dedicam a ‘estudar’, embora desta vez os assuntos sejam específicos e necessários para exercer uma função profissional.

Como se não bastasse, a maioria das empresas estão selecionando seus candidatos a vagas de emprego também com base em aptidões linguísticas. O resultado é que candidatos bem preparados precisam ‘estudar’ algo mais: outro idioma. A palavra ‘estudar’ tem um peso social forte que gera angústia no mercado de trabalho.

Nesse fluxo de demandas, nunca é tarde para conhecer o inglês ou desenvolver alguma habilidade, embora quanto antes melhor. Inglês é o assunto que tem surpreendido muitos alunos pela descontração e o prazer, até os que tinham uma grande barreira.

É por isso que tenho preferido usar o termo ‘aprender’ inglês quando se trata de motivar em meus alunos a obtenção de conhecimento neste idioma. E tem dado certo. Assim reduzo o ônus psíquico e social da palavra ‘estudar’ e incentivo os usos do inglês no dia-a-dia peculiar de cada aluno.

Além da sala de aula e como atividades complementares e facultativas, cada um ‘aprende’ como lhe apraz. Uns obtêm vocabulário através de jogos eletrônicos (video games), outros por meio de manuais técnicos; há também os que desfrutam de música e cinema internacional. E você, leitor, como gostaria de ‘aprender’ inglês?

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