Tenho observado bastante a reação gestual de meus alunos quando os corrijo. Tal observação agrega experiências proveitosas à minha metodologia de ensino (o Interburst), e retribui também ao autoconhecimento das pessoas que gesticulam. É importante eu frisar que quase ninguém sabia que reagia de tal forma.

 

Primeiramente, reconheço que um ponto de discordância entre professores de inglês é sobre como corrigir seus alunos. Naturalmente, um tutor de inglês não deve tolerar erros que seus educandos cometem ao praticar inglês. No entanto, a forma como um professor realiza as correções pode inibi-los ou até desestimulá-los a participar de aulas.

 

É importante que professores de inglês observem esses sinais em seus alunos, e conduzam as correções adequadamente. Assim, discordo de métodos que se recusam a retificar erros para não inibir alunos. Cedo ou tarde, o erro se reitera e se consolida.

 

Ao mesmo tempo que corrijo instantânea e pontualmente todo erro de soletração, pronúncia e sintaxe que identifico, tomo o cuidado de fazê-lo por antecipação e sutileza.

 

Sendo assim, estou descobrindo no apontamento dos gestos uma maneira descontraída e graciosa de interagir com os alunos no momento em que estes erram e são corrigidos. A maioria desconhece seus próprios cacoetes e acabam vendo neles um pretexto para o autoconhecimento, o prazer e o aperfeiçoamento do inglês.

 

Quando corrijo meus alunos, noto que batem um pé no chão, pressionam os lábios, giram a lapiseira, apertam a borracha sobre a mesa, cingem o polegar com o indicador, fecham todos os dedos de uma mão e a movimentam, repetem a palavra ou frase noutro tom de voz. Cada aluno reage de forma bem particular, e lhe agrada saber como.

 

Aprender inglês passa a ser para esses alunos uma experiência pedagógica de assimilação de conhecimento e uma oportunidade de autoconhecimento.

 

A curiosidade é um grande motivador entre aprendizes da língua inglesa. E eu posso despertá-la cada vez mais com meu método em minha função de professor de inglês.

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